ANDROLOGIA
Engloba o tratamento das alterações das funções e sexuais no homem.
Recebe contribuição de várias especialidades clínicas: urologia, endocrinologia,
infertilidade, psiquiatria, cirurgia vascular.
TESTOSTERONA:
A testosterona é um hormônio produzido nos testículos e nas suprarrenais, responsável pelas características masculinas como voz grossa, barba, distribuição dos pêlos, musculatura e capacidade reprodutiva. É essencial para o comportamento sexual normal e ereções. Também afeta muitas atividades metabólicas, como produção de células do sangue na medula óssea, formação do osso, metabolismo de lipídios, metabolismo de carboidratos, função hepática e crescimento da próstata.
HIPOGONADISMO MASCULINO
O que é:
É o termo usado para descrever a condição de diminuição da função testicular (gônada masculina), a qual tem como função principal produzir hormônios sexuais (testosterona) e espermatozoides.
Causas:
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Distúrbios genéticos
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Infecções
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Cirurgias
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Exposição a radiação
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Traumas
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Tumores
É definido como primário, quando compromete diretamente os testículos ou secundário, também dito central, quando o dano ocorre nas áreas do cérebro (hipotálamo e hipófise) que controlam os testículos.
Sintomas:
O quadro clínico do hipogonadismo masculino varia de acordo com a época de sua instalação.
Início antes da puberdade:
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Voz mais fina que o normal
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Diminuição dos pelos pubianos, axilares ou peitorais
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Gordura tipo feminina, com depósito no quadril
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Crescimento excessivo dos braços e pernas
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Pênis muito pequeno
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Crescimento das mamas (ginecomastia)
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Infertilidade
Início na fase adulta:
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Diminuição da potência e do desejo sexual
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Infertilidade
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Redução dos pelos corporais
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Aumento da gordura visceral
Tratamento:
Consiste na reposição dos hormônios sexuais, sendo necessário acompanhamento médico para avaliações de ordem clínica e laboratorial.
ANDROPAUSA
O que é:
Diminuição lenta e gradual dos níveis de testosterona, durante o envelhecimento.
A partir dos 40 anos, ocorre uma diminuição de 1,2% por ano nos níveis circulantes de testosterona livre. Logo aos 70 anos, é cerca de 35% menor que no adulto jovem.
Causas:
Muitos fatores estão associados ao declínio da produção hormonal masculina. Além da queda natural com a idade, doenças primárias dos testículos, disfunções neuroendócrinas das gonadotrofinas (hormônios que estimulam os testículos) e alteração das proteínas carregadoras de hormônios sexuais podem estar presentes.
Tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo, obesidade, estresse e depressão estão associados à queda nos níveis de testosterona.
Sintomas:
Há grande variação nos níveis de testosterona entre homens saudáveis. Nem todos vão sentir as mesmas mudanças na mesma intensidade.
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Declínio do interesse sexual
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Dificuldades para ereção
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Falta de concentração e capacidade de raciocínio
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Perda de pelos
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Ganho de peso à custa de gordura
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Diminuição de massa e força muscular
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Irritabilidade e insônia
A diminuição de produção hormonal masculina, diferentemente da menopausa, não determina o fim da fertilidade para o homem, apenas uma diminuição dela.
Além da esfera sexual e do bem estar físico e emocional, o declínio de testosterona pode afetar outras áreas as saúde, com aumento de risco cardiovascular e osteoporose.
É importante ressaltar que os sintomas acima citados nem sempre estão associados à disfunção hormonal. Para confirmar o diagnóstico e indicar tratamento, é necessário que o paciente comprove a queda na taxa de hormônios, através de exames laboratoriais, com acompanhamento médico.
Prevenção:
Um estilo de vida saudávelpode retardar o aparecimento da deficiência de testosterona:
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Dieta equilibrada
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Prática de exercícios físicos de forma regular
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Boa qualidade do sono
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Evitar o fumo e abusos de bebidas alcoólicas
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Não engordar
Tratamento:
A terapia de reposição hormonal masculina está indicada para os homens que apresentam baixos níveis circulantes de testosterona associado aos sintomas de queda hormonal.
Este tratamento é contraindicado em caso, suspeito ou confirmado, de câncer de próstata ou de mama masculina. O acompanhamento médico durante o tratamento é primordial para a segurança do paciente.
As medicações para reposição hormonal masculina não devem ser usadas para ganho muscular ou melhora do desempenho atlético de maneira abusiva. Elas podem causar graves efeitos colaterais e sérios danos à saúde.